segunda-feira, 3 de maio de 2010

3° filme - Crepúsculo dos Deuses

Diretor: Billy Wilder




Elenco

William Holden - Joe Gillis
Gloria Swanson - Norma Desmond
Erich von Stroheim - Max von Mayerling
Nancy Olson - Betty Schaefer
Fred Clark - Sheldrake
Lloyd Gough - Morino
Jack Webb - Artie Green
Franklyn Farnum - Coveiro
Larry J. Blake - Homem de finanças
Charles Dayton - Homem de finanças
Cecil B. DeMille - ele mesmo
Hedda Hopper - ela mesma
Buster Keaton - ele mesmo

Ficha técnica:

Título original:Sunset Boulevard
Gênero:Drama
Duração:01 hs 50 min
Ano de lançamento:1950
Estúdio:Paramount Pictures
Distribuidora:Paramount Pictures
Direção: Billy Wilder
Roteiro:Charles Brackett, D.M. Marshman Jr. e Billy Wilder
Produção:Charles Brackett
Música:Franz Waxman
Fotografia:John F. Steinz
Direção de arte:Hans Dreier e John Meehan
Figurino:Edith Head
Edição:Doane Harrison e Arthur P. Schmidt


Sinopse


Joe Gillis (William Holden) é um roteirista em apuros financeiros. Prestes a ver confiscado o carro novo e sem conseguir um trabalho decente, ele aceita reescrever um roteiro da estrela de cinema mudo Norma Desmond (Gloria Swanson). O relacionamento dos dois é cheio de sobressaltos e difícil; Gillis compreende rapidamente que a mulher vive numa espécie de mundo de fantasia.Norma mora numa enorme e decadente mansão na Sunset Boulevard, uma avenida chique de Hollywood que empresta o nome ao filme. Tem um macaco de estimação que morre de velhice e ganha um enterro de gala no jardim, um automóvel caríssimo da década de 1920 e um mordomo estranho e um tanto mórbido, Max Von Mayerling (Erich Von Stroheim). São personagens fascinantes, cheios de nuanças e dimensões. O filme se dedica a examinar, de modo realista e até mesmo cruel, a maneira como Joe Gillis entrega a própria dignidade em troca de uma vida confortável e preguiçosa.
Vencedor nas categorias de melhor direção de arte - preto e branco, melhor trilha sonora e melhor roteiro.


Trata-se de mais um filme genial do mestre Billy Wilder, que realizou grandes obras da indústria cinematográfica hollywoodiana e, também, de como o cinema afeta a vida das pessoas. O filme surpreende a cada instante, justamente pelas reviravoltas e surpresas do roteiro.
O filme mostra a vida excêntrica e desconectada da realidade vivida pelas estrelas do cinema, a belíssima Nancy Olson, que representa a ingenuidade e o amor ao cinema retrata em seu personagem a solidão e a eterna angústia de quem um dia provou a fama e hoje vive no esquecimento. Ela já dizia: “Estrelas brilham para a sempre, é por isso que são chamadas assim”.
Já o mordomo ex-diretor Max Von Mayerling (Erich Von Stroheim, 1885-1957) vê-se a imensa culpa de quem sacrificou toda uma vida alheia, além da própria.



Gloria Swanson é responsável pela antológica cena de grande impacto ao final do filme, quando a sua personagem Norma Desmond, cercada pela polícia, transporta-se para um mundo imaginário, o qual tanto sonhava em regressar, tornando a ser a estrela glaumorosa dos velhos tempos do cinema mudo e desce encenando pela escadaria da sua mansão em direção aos seus adoradores, que na verdade eram os curiosos jornalistas e fotógrafos loucos por notícias “quentes”. É angustiante ver a decadência de Norma no filme de forma tão real , nos mostrando os caminhos contrários que podemos dar a nossa vida.
O diretor utilizou atores que vivenciaram os anos dourados do cinema mudo, ele inovou por se tratar da decada de 50, como em todos os filmes de Billy, atráz das cortinas ele tem a intenção de ser mais realista com seu público.


Billy Wilder mais uma vez com seu legado inconfundível de obras que exploram a criatividade, é interesante ver como Wilder lidou com esse conceito de padronização hollywoodiana, numa época (anos 50) em que a indústria do cinema fervilhava numa "era de ouro" que já iniciava um processo de degradação, adequando-se ao que viria a ser a "era dos sonhos", após crises e falências.
Este é mais um clássico de Billy onde são gravadas atuações inesquecíveis com um excelente enredo cuja história não envelhece.












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