segunda-feira, 17 de maio de 2010

Lua de Fel - ROMAN POLANSKI



Sinopse
Nigel (Hugh Grant) e Fiona (Kristin Scott Thomas) são um casal inglês (aparentemente pacato e feliz, embora morno) em segunda lua-de-mel (sete anos de casados), a bordo de um cruzeiro rumo à Índia. Por entre os monótonos jogos de cartas e os serões fastidiosos, ambos vão travar conhecimento com o americano Oscar (Peter Coyote) e a sua esposa francesa Mimi (Emmanuelle Seigner); o primeiro é um deficiente físico (cadeirante) de meia-idade, escritor com alta capacidade narrativa (vide o seu modo de contar o seu tórrido romance com Mimi), amargo e manipulador. A segunda, bastante mais nova que o marido, é uma voluptuosa jovem, daquelas que rouba o fôlego dos homens.
Este misterioso casal vai envolver Nigel e Fiona num perverso e misterioso jogo com resultados imprevisíveis. Nigel fica cada vez mais obcecado pela história e nutre um enorme desejo por Mimi (e Fiona, que não é nada boba, percebe este movimento do marido). No entanto, antes que isso aconteça, Nigel terá de ouvir a história que Oscar tem para contar.
Lua de Fel apresenta o relato da vida de Oscar e Mimi, em versão flashback com direito a narrador e tudo, uma arrepiante história sobre obsessão sexual e pessoal; que passa rapidamente do libidinoso e promíscuo para o cruel e trágico (sendo o primeiro algoz o Oscar, passando este papel à Mimi após o acidente que deixa Oscar aleijado); e a condição ingrata a que Nigel e Fiona vão ser colocados, em que a história funciona como uma revelação para a sua própria vida insossa a pedir desesperadamente por uma aventura.
Após ouvir toda a história, Nigel acredita que finalmente vai possuir Mimi, mas o inesperado acontece. Percebendo o movimento do marido, Fiona se adianta (após avisá-lo: “Cuidado. Não há nada que você faça que eu não possa fazer melhor!) e acaba sendo ela a dormir com a francesa. Toda a história culmina com as duas mulheres dormindo nuas e abraçadas e os dois homens se enfrentando, todos no mesmo quarto. Até que Oscar puxa uma arma, dando fim a vida de Mimi e, logo em seguida, à sua própria; deixando a impressão de que essa era a única forma realmente de acabar com aquele tormento e também de que o ato fora há muito premeditado (quando Fiona pergunta a Mimi onde ela e Oscar estavam indo, ela responde: “Mais longe!”).

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