sexta-feira, 23 de abril de 2010

Os desafinados. Walter Lima Junior.


Os Desafinados


Os Desafinados é um filme brasileiro produzido em 2006 e lançado em 2008, dirigido por Walter Lima Jr..

Sinopse

Nos anos 60, cinco amigos formam a banda Rio Bossa Cinco. Eles buscam o sucesso e sonham tocar no Carnegie Hall. Assim, vão para Manhattan e, lá, encontram uma musa, filha de uma brasileira com um americano que volta com eles ao Brasil e se junta ao grupo. O filme é pontuado pelo movimento musical da Bossa Nova e pelo momento político no Brasil.

Elenco

Rodrigo Santoro .... Joaquim
Selton Mello .... Dico
Cláudia Abreu .... Glória
Alessandra Negrini .... Luíza
André Moraes .... PC
Jair Oliveira .... Geraldo
Ângelo Paes Leme .... Davi
Ailton Graça
Vanessa Gerbelli .... Dora
Bercovitch ....

Direção

Walter Lima Jr

Curiosidades

Rodrigo Santoro teve que aprender a tocar piano para dar vida a Joaquim.
Cláudia não canta na vida real,a voz de Glória pertence a Branca Lima,filha do diretor Walter Lima Jr.


O filme custou em torno de 7 milhões.


Meu ponto de vista.

O que parece é que este é um filme biográfico --alguns personagens são baseados na vida real, mas não tiveram os nomes que fizeram a história da bossa nova como João Gilberto, Tom Jobim, Roberto Menescal, João Donato ou Sérgio Mendes. Este filme fala de cultura, política e comportamento nos anos 60, passando também pela década de 70 e chegando ao século 21. "É um filme sobre sentimentos e o entusiasmo, uma coisa febril que existia na época", diz Walter Lima Junior "A Ostra e o Vento" (1997) e "Menino do Engenho" (1965).
Este foi um filme muito criticado por seu formato ser mais próximo ao formato de uma serie e uma novela ,do que propriamente dito, um filme. Mas fala de sonhos quebra de barreira e o inicio de uma era muito importante para a musica brasileira.È um filme que vale a pena ver. Walter Lima Junior é um diretor que mostra a realidade muito perto da nossa realidade, conta em seus filmes o que é possível de acontecer, ele é um homem que faz da vida cotidiana uma arte.


Trailer. Os Desafinados.


terça-feira, 13 de abril de 2010

2º filme: Aliens - O Resgate




Sinopse:

O ùnico sobrevivente da nave Nostromo, a tenente Ripley (Sigourney Weaver), foi descoberta em sono profundo, um século depois, por uma nave de salvamento. Ela é levada novamente à Terra e percebe que uma colônia humana foi achada no mesmo planeta que os aliens. Depois que o contato com a colônia é perdido, ela é mandada novamente ao planeta em que estava com uma equipe de guerreiros com o objetivo de destruir a ameaça alien. para sempre e salvar os sobreviventes.

Curiosidade:

Aliens, O Resgate foi o segundo de três nos quais o diretor James Cameron trabalhou com o ator Michael Biehn, sendo que o primeiro foi O Exterminador do Futuro ( de 1984), e o terceiro foi o O Segredo do Abismo ( de 1989).


Comentário:

" Aliens - O Resgate" é um espetáculo audio-visual, tanto técnica quanto dramaticamente. James Cameron conseguiu um feito raro, o de transformar uma continuação superior ao original, e olhe que "Alien - O Oitavo Passageiro " também é um ótimo filme.
Alternado radicalmente o conceito da série, Cameron nos apresenta um filmaço de ação/ficção científica. Temos uma hora exata de pura espectativa em relação aos Aliens, mas quando eles aparecem é ação que nãqo termina mais. O filme parece que tem uma alma, como a acontece também com "O Exterminador do Futuro".














Vida de Cachorro A Dog's LifeEUA/1918 Charles Chaplin

Vida de Cachorro A Dog's LifeEUA/1918 Charles Chaplin 40 min
Um pequeno vagabundo vive na rua, dormindo, roubando e comendo como um cão: a polícia o coloca para fora das calçadas, enxota-o e ele sai em busca de abrigo. Para sobreviver, ele busca algum emprego. O cão, por sua vez, também luta para sobreviver. É essa situação que faz com que os dois se identifiquem: o vagabundo e o cão. O vagabundo decide ficar em companhia do único que o compreende.Os dois vão a um clube, onde presenciam uma cantora ser maltratada pelo público. Agora eles são três, e vão tentar iniciar uma nova vida.Filme de estrutura simples, porém com cenas que ficarão na história do cinema. Comparar o vagabundo com um caozinho, por si só já é motivo para deixar o espectador triste. Chaplin desenvolveu mais ainda, neste filme, a capacidade de fazer-nos rir e chorar. A cena em que Carlitos joga cartas com dois ladrões pode ser considerada uma das mais completas de toda a história do cinema.
Ficha Técnica:
Charles Chaplin (Tramp)
Edna Purviance (Bar Singer)
Mut (Scraps)
Sydney Chaplin (Lunch Wagon Owner)
Henry Bergman (Man of Agency and Lady in Dance Hall)
Charles Riesner (Clerk of Agency and Drummer)
Albert Austin (Crook)
Tom Wilson (Policeman)
M. J. McCarty (Unemployed Man)
Mel Brown (Unemployed Man)
Charles Force (Unemployed Man)
Bert Appling (Unemployed Man)
Thomas Riley (Unemployed Man)
Slim Cole (Unemployed Man)
Ted Edwards (Unemployed Man)
Louis Fitzroy (Unemployed Man)
Dave Anderson (Unemployed Man)
Granville Redmond (Proprietor of Dance Hall)
Minnie Chaplin (Dramatic Lady in Dance Hall)
Alf Reeves (Man at Bar)
N. Tahbel (Hot Tamaly Man)
Rob Wagner (Man in Dance Hall) 1
. S. McVey (Musician)
J. F. Parker (Musician)

Filme O Aventureiro

O Aventureiro The AdventurerEUA/1917
Chaplin consegue fugir do presídio pelo mar e acaba salvando uma moça (Edna) do afogamento. Ele acaba sendo retirado ainda inconsciente das águas e é levado para a casa da moça. Quando acorda, vestido com um pijama de listras, pensa que está preso novamente, mas logo descobre onde está.Uma festa é oferecida aos convidados, e a confusão inicia-se por causa do ciúme do namorado de Edna e acaba com a polícia invadindo.
Mais um filme de Charlie Chaplin que podemos considerar encantador. O diretor usa apaenas seus movimentos e expressões para transmitir a história. O que mais nos impressina é que hoje vivemos em meio a tanta novidade tecnológica e ainda assim conseguimos entender perfeitamente a história que ele queria transmitir.
Um filme brilahante, em que o único recurso utilizado é nada mais nada menos que o talento nato do ator e diretor.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Homem que Engarrafava Nuvens / LÍRIO FERREIRA.


Lírio Ferreira mais um VEZ dá show na direção de O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NÚVENS. Este foi seu 2° ducumentário. o 1° foi "Cartola"
Lancamento: 2008.

Elenco: Humberto Teixeira
Bebel Gilberto
Caetano Veloso
Chico Buarque
David Birny
Faner
Gal Costa
Gilberto Gil
Lenine
Maria Bethânia
Rita Ribeiro
Sivuca
Wagner Tiso
Zeca Pagodinho.



É um documentário sobre a vida de Humberto Teixeira. Este documentário foi idéia de uma filha dele. É UM PARALELO sobre a vida do autor e o desenvolvimento do baião no nordeste brsileiro. Humberto foi um grande compositor. dentre suas obras: Asa Branca em parceria com Luis Gonzaga.





Em uma obsercação do cotidiano nota-se tecnicas similares a dos Irmãos Lummiere.


Em um 1° o tema do documentário seria sobre a obrado doutor do Baião. Mas usou-se Humberto como pretesto para falar sobre as varias facetas do baiao. dançai, interptretações, instrumentos músicais.





Em "O Homem que engarrafaa núvens " a história do baião tem autoridades pra falar do assunto. No filme, personalidades como Gilberto Gil e Caetano Veloso relatam as interpretações e cancoes de Humberto Teixeira mas não se chega se quer a um acordo da origem do genero musical.

Drácula de Bram Stoker - Francis Ford Coppola





SINOPSE: No século XV, o Príncipe Vlad, um líder guerreiro da região dos Cárpatos renega a Igreja quando esta se recusa a enterrar em solo sagrado sua amada, que se suicidou ao receber a falsa notícia de que ele estava morto. Por isso, ele vaga através dos séculos como um morto-vivo sedento de sangue. Ao contratar um advogado, descobre que a noiva deste é a reencarnação de sua amada. Drácula deixa o advogado preso em seu castelo e vai para Londres na Inglaterra vitoriana do final do século dezenove, em busca da mulher.
COMENTÁRIO SOBRE O FILME: O diretor Coppola partiu do romance original de Bram Stoker para realizar um filme fiel ao livro. Um filme apaixonante, sensual e com um visual arrebatador. Ganhou os Oscars de Figurino, Maquiagem e Efeitos Sonoros. A fotografia de Michel Ballhaus e os efeitos especiais, a cargo de várias empresas, formam uma atmosfera gótica e sombria, sendo um show à parte. A metamorfose de Gary Oldman da velhice para a juventude, passando pelo homem-fera é fantástica. Gary Oldman no papel de Drácula, Winona Rayder no papel de Mina/Elisabeta e Anthony Hopkins no papel do professor Van Helsing dão veracidade e intensidade aos seus persongens. Keanu Reeves no papel do advogado Jonathan Harker é a figura destoante a apagada do elenco principal. Um filme inesquecível, o melhor já realizado sobre o personagem Drácula. Para ver e rever. Para guardar.
CURIOSIDADES:
- O grito do príncipe Vlad depois que enfia sua espada na cruz não é a voz de Gary Oldman. É a voz de Lux Interior, vocalista de uma banda de funk.
- Sadie Frost, que faz a personagem Lucy Westenra, pintou seu cabelo de ruivo depois de achar que estava muito parecida com Winona Rayder.
- Anthony Hopkins também fez o papel de Cesare, o padre que conta ao príncipe Vlad que a alma de Elisabeta estava amaldiçoada.
- Geléia vermelha foi usada como sangue.
- Uma cena em que Mina seduz Van Helsing foi filmada mas cortada.
- A cena em que o personagem de Keanu Reeves entra no castelo de Drácula foi filmada ao contrário, para que sua entrada parecesse ameaçadora.
- Para tirar mais emoção dos atores, Coppola gritou "prostituta" e "vagabunda" enquanto filmava a cena em que Van Helsing pela Mina com Drácula.
ELENCO:
Gary Oldman (Príncipe Vlad Drácula)
Winona Rayder (Mina Murray/Elisabeta)
Anthony Hopkins (Van Helsing/Cesare)
Keanu Reeves (Jonathan Harker)
Richard E. Grant (Dr. Jack Seward)
Cary Elwes (Lorde Arthur Holmwood)
Bill Campbell (Quincey P. Morris)
Sadie Frost (Lucy Westenra)
Tom Waits (R.M. Reinfield)
Monica Belucci, Michaela Bercu e Florina Kendrick (Noivas de Drácula)





Dogville - Lars von Trier




O filme começa com uma tomada de cima para baixo, onde pode-se ver o desenho da cidade (com as marcações dos espaços das casas desenhados no chão). Essas tomadas perpendiculares repetir-se-ão em diversas cenas, sendo marcos importantes da narrativa. O narrador vai então apresentando os personagens um por um ("todos têm pequenos defeitos facilmente perdoáveis") e contando suas histórias.
O personagem principal é Thomas Edison Jr., um escritor que para protelar o dia em que terá que começar a escrever seu livro se ocupa em pregar sermões a toda a comunidade sobre rearmamento moral. Ele está procurando um exemplo para servir de ilustração às suas teorias e assim comprovar que os moradores não são capazes de aceitar novas situações, quando é interrompido por barulhos de tiros a distância.
Grace, uma bela jovem com um vestido que denota sua origem de família rica. Ela diz a Tom que está fugindo de um gângster e Tom, percebendo nela o exemplo perfeito para sua palestra, lhe dá cobertura.
Os moradores de Dogville a princípio recusam-se a aceitá-la, e Tom propõe que dêem a Grace um prazo de duas semanas, para então decidirem sua sorte. Grace, em compensação, deve ajudá-los em tarefas cotidianas. Apesar de não admitirem, eles jamais dão coisa alguma, não há generosidade ou aceitação: há um sistema de trocas e é esse sistema de compensações (o quid pro quó) que, aliado à personalidade de perdoar de Grace (seu altruísmo), anuncia a tragédia.
Os moradores relutam até mesmo em aceitar a ajuda de Grace, mas acabam aceitando e Grace rapidamente começa a passar seus dias ocupada em fazer pequenas coisas que "não são necessárias", mas que os moradores "generosamente permitem" que ela faça. E assim passam-se as semanas, os moradores aceitam que Grace fique na vila, como mais um favor que ela ficará devendo a eles.
Tom confessa a Grace que gosta dela e é correspondido, mas ele não assume publicamente seu amor perante Dogville, mantendo o romance deles secreto e mantendo Grace na condição de estrangeira.
A aparente tranqüilidade da situação começa a mudar no dia da Independência, quando a cidadezinha recebe a visita da polícia, que afixa um cartaz onde Grace é apontada como procurada.
Os moradores de Dogville consideram ainda maior a dívida de Grace com eles, fazendo cada vez mais exigências, que diante da permissividade e comportamento passivo de Grace, rapidamente transformam-se em abusos. Uma cena forte do filme é quando Chuck a estupra, como "pagamento" para que ele não a denunciasse às autoridades. Aqui a função do cenário vazio é clara: a ausência de paredes dá a nítida percepção de que todos sabem o que se passa, mas fingem não ver.
A comunicação também não parece ser possível para os moradores de Dogville. O que eles falam passa longe de significar o que realmente querem dizer. Quando questionados são evasivos, mudam de assunto ou simplesmente respondem outra coisa. Chuck fala de colheita de maçãs quando está querendo abusar sexualmente de Grace, e Ma Ginger reprime-a quando ela passa entre os arbustos, com argumentos que simplesmente não correspondem àquilo que ela diz.
Desse ponto em diante a constante dívida de Grace com a comunidade só cresce e ela torna-se uma escrava não só de trabalho físico como sexual. Em pouco tempo a tratam como uma vaca, que puxa um arado, onde os caipiras se aliviam. Somente Tom, sem capacidade de tomar qualquer atitude, não a viola. E é após ela o rejeitar, que ele decide dar um basta nessa pequena metáfora ilustrativa que ela representa, chamando o gângster que a procurava.
Nesse momento revela-se que Grace não está sendo ameaçada por eles, mas é a filha do chefe maior. Não há surpresa no final: desde que Grace entra no carro o diretor vai preparando a platéia com a ideia de que haverá um massacre. E sem dúvida, não fosse este final apoteótico, o filme terminaria morno, indigesto, como se todos estivessem com algo na garganta. O final catártico faz com que Dogville apresente uma estrutura narrativa herdeira das tragédias gregas, onde a platéia era levada a uma situação de tensão insuportável e liberava a adrenalina contida no final trágico.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Filme:Acossado Jean-Luc Godard

Acossado
Acossado-(À Bout de Souffle,França,1959)
Direção:Jean-Luc Godard

Elenco:Jean-Paul Belmondo,Jean Seberg,Daniel Boulanger,Jean-Pierre Melville

Duração:86 minutos

Este é um filme do diretor francês Jean-Luc Godard,o chamado pai da Nouvelle Vague francesa(movimento cinematográfico da década de 60).
Pois bem,o filme nos conta a história de uma rapaz(Michel Poiccard), que após roubar um carro em Marselha,ruma a Paris,nessa fuga mata umpolicial e ao chegar em seu destino persuade Patricia,uma estudante americana com quem se envolve.Michel anda pela cidade cometendo pequenos delitos,mas quando é avistado por um informante,começa uma trágica perseguição.Ele convence a Patricia durante o decorrer do filme e esconde-lo em seu apartamento,onde eles entao conversam,namoram,ele fla sobre a morte e ela diz que quer ficar grávida dele.
O filme baseia-se em uma narrativa cheias de lacunas dando uma sensação de que está faltando algo.Este filme foi importante na história do cinema mundial pela maneira como bateu de frente com a estrutura social da época(o papel da mulher na sociedade européia),porém para um espectador contemporâneo o filme chega ás vias do desagradável,pela lentidão de sua narrativa.
















quinta-feira, 8 de abril de 2010

VIDAS SECAS - NELSON PEREIRA DOS SANTOS

O filme é a reprodução do livro de Graciliano Ramos- Vidas Secas. Produzido de forma simples, sem uso de efeitos especiais, mas que reproduziu a mais pura realidade de uma família brasileira sem acesso aos requisitos básicos para a sobrevivência humana.

A história começa com uma família de 4 pessoas, sendo pais e 2 filhos ainda bem pequenos um cachorro e um papagaio. Andando em estradas poeirentas, que mais lembravam caminhos da roça. O sol era escaldante e a fome tão cruel que levou a família a comer seu bichinho de estimação (o papagaio) para tentar aliviar aquilo que lhes estava castigando. Após horas andando, uma das crianças, a maior com cerca de 4 ou 5 anos, entregou os pontos e desistiu da viagem. Precisou ser carregada pelo pai, enquanto a mãe já carregava outro filho menor. No desenrolar da história percebemos a fidelidade do autor em mostrar a realidade, sertão, pouco pasto, animais magrelos, casas humildes, pessoas sem cultura, sem emprego, sem profissão. Vivendo num mundinho sem nada. Com sonhos “luxuosos” de se ter uma cama feita com couro de carneiro.

O filme é fiel a história do livro. O roteiro é claro. Mesmo as cenas com poucas ou quase nenhuma fala conseguimos entender o contexto em que se passa a história e entender a cena proposta pelo diretor. O som usado também foi bem colocado, pois reproduzia os sons naturais, de animais, de chuva, de natureza.

A Vida é Um Romance ( Alain Resnais )

A vida é um romance (Alain Resnais)

O filme mostra o ideal de um homem louco aos anos 1915 e 1916 e o ideal de alguns educadores em meados dos anos 1980.

Começa – se a historia de um homem que idealizava construir um castelo e colocar para morar dentro dele seus amigos. O modo de vida idealizado por esse homem era a busca constante por felicidade e harmonia. Para se conseguir essa felicidade todos deveriam seguir suas ordens e viver como “ súditos em seu reino”. Sua tirania provocou a morte de muitos e a revolta de sua amada, que acabou fugindo de seu palácio.

Quase 100 anos depois, o mesmo castelo foi ocupado por crianças e educadores em busca de uma harmoniosa educação. Os princípios eram diferentes do primeiro proprietário daquele castelo, mas o fundamento era o mesmo: a busca de harmonia entre todos e a felicidade constante.

Esse é mais um filme do cineasta Alain Resnais onde podemos perceber seu talento no cinema. Mais um filme em que podemos perceber o seu bom gosto pela musica, que é muito bem harmonizada com cada cena. O som ocupa muitas vezes o lugar das falas e ações e nem por isso o filme perde sua qualidade. Um recurso muito usado neste filme foi a iluminação toda histórica contada entre os anos 1915 e 1916 é mostrada com excelente iluminação, o que garante a compreensão de quando muda o tempo de cada cena. Sem contar que, naquela época não existia luz elétrica e toda iluminação era a base de velas e outros recursos. O filme usou os meios primitivos de iluminação sem perder a qualidade.

Filme de Walter Lima Junior. Inocência .

Inocência .



Inocência é um filme brasileiro de 1983, dirigido por Walter Lima Junior baseado no livro de mesmo nome do Visconde de Taunay. Inocência é um filme no estilo romântico ambientado no Brasil imperial. A menina Inocência é infectada com o víros de malaria e o médico Cirino é designado para tratá-la. Os dois se apaixonam, mas a jovem está prometida para um rico fazendeiro da região e seu pai coloca-se contra a relação. Barra de São João, distrito do municipio de Casimiro de Abreu(RJ) foi um dos cenarios utilizados como locação do filme, junto com Floresta da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro (e não no sertão de Goiás, como no filme original de 1943).

Elenco

Fernanda Torres .... Inocência ·/ Edson Celulari .... Cirino · / Sebastião Vasconcelos .... Martinho Pereira · / Fernando Torres .... Cesário ·/ Rainer Rudolph .... Meyer ·/ Ricardo Zambelli .... Manecão · / Manfredo Colassanti ·/ Chico Diaz · /Chica Xavier ·/ Jorge Fino .... Tico .

Premiações Festival de Brasília:
"Melhor Diretor" e "Melhor Ator Coadjuvante" (Sebastião Vasconcelos).

Curiosidades
Inocência foi o primeiro filme de Fernanda Torres, aos 17 anos de idade.

RESUMO

O romance é ambientado na confluência dos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Órfã de mãe desde o nascimento, Inocência é criada pelo pai, um mineiro afetuoso, um sujeito conservador, durão, para quem os valores da palavra, da honra estão acima de tudo, até da felicidade da filha que ele ama.

Seu pai decide casa-la com Manecão Doca, homem honrado, trabalha-dor, rude e que acumulou fortuna.

A história conta sobre Cirino, um prático de enfermagem que se apresentava como médico (curandeiro) que rondava pelo sertão e acaba na casa de Pereira. Ele cura Inocência, da malária e apaixona-se. Cirino foi o primeiro homem a despertar realmente as emoções do amor, criando nela uma grande perturbação íntima, pois estava prometida a Manecão. Aparece depois Meyer, um naturalista alemão, que viajava em busca de insetos, que após inocentemente elogiar a beleza de Inocência, passa a ser vigiado incessantemente pelo pai da moça, dando oportunidade a Cirino de comunicar-se mais facilmente com a moça.

Meyer fica por lá por que trazia uma carta de recomendação de Francisco (Chico) irmão de Pereira e sai mais tarde de volta a Saxônia para apresentar uma nova espécie de rara beleza que encontrou, à qual dá o nome de Papilio Innocentia (uma borboleta). Tinha também o anão Tico, espécie de cão de guarda de Inocência.

Com a partida de Meyer, as coisas se complicam, aumentando o medo de Inocência, que teme uma reação violenta do pai caso venha a saber do romance. A jovem instrui Cirino a procurar seu padrinho para que ele convença seu pai Pereira a concordar com o rompimento do compromisso com Manecão.

Inocência herdeira da teimosia do pai, não abre mão de seu amor, então comunica ao pai a intenção de não se casar, inventa que sonhou com a mãe e esta lhe disse que o casamento não deveria se realizar. A jovem quase consegue atingir seus objetivos, quando derruba sua história. Ela, não conheceu a mãe, portanto não sabia que ela tinha um sinal no rosto, então ela pede desculpas ao pai, que declara que prefere vê-la morta a vê-la desonrada.

Na ausência de Cirino, porém, o romance é descoberto através de Tico.

Enquanto Cirino está fora Inocência e Manecão, se encontram e ela se recusa a viver com ele. A suposta desonra leva Manecão a perseguir e matar Cirino, que morrendo encontra o padrinho de Inocência que vinha lhe ajudar. Inocência também morre, só que de tristeza em face da ausência definitiva do amado.


Fragmentos do filme.





Comentários do filme.

Este é um filme que fala com muita propriedade de um romance dentre milhares de outros que aconteceram e foi impedido de perseguir por motivos regionais, educacionais e culturais.Período de mudanças e descobertas em uma era onde predominava o machismo e não havia nenhuma forma de se defender suas opiniões sem que este ato viesse acompanhado de um rio de sangue, ato este justificado pela desculpa da guardar a honra e não preservar o amor.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tizuka Yamazaki: Gaijin - Caminhos da Liberdade


Ficha técnica:

Gaijin - Caminhos da Liberdade
Título original:Gaijin
Gênero: Drama
Duração: 01 hs 44 min
Ano de lançamento: 1980
Estúdio: CPC - Centro de Produção e Comunicação/ Embrafilme
Distribuidora: Embrafilme
Direção: Tizuka Yamasaki
Roteiro: Tizuka Yamasaki e Jorge Duran
Produção: Carlos Alberto Diniz
Música: John Neschling
Fotografia: Edgar Moura
Direção de arte: Yurika Yamasaki
Edição: Lael Rodrigues e Vera Freire

Elenco:

Kyoko Tsukamoto (Titoe)
Antônio Fagundes (Tonho)
Jiro Kawarazaki (Yamada)
Keniti Kaneko (Kobayashi)
Gianfrancesco Guarnieri (Enrico)
Álvaro Freire (Chico Santos)
Louise Cardoso (Angelina)
José Dumont (Ceará)
Yuriko Oguri (Sra. Nakano)
Clarisse Abujamra (Felícia)
Carlos Augusto Strazzer (Dr. Heitor)
Dorothy Leirner (Grazziela)
Maiku Kozonoi (Keniti Nakano)
Celso Saiki (Ueno)
Sady Cabral (Sogro do Dr. Heitor)
Fábio Tomasini (Imigrante italiano)
George Arnold Vigar
Paulo Yamaguti
Kiyoharu Yokoi
Kunio Suguimoto
Horácio Russo
Yutaka Saeki
Mii Saki
Shinobu Gotu
Tadeu Hiroshi
Yosiaki Hirota
Denise Kiyomoto
Vanda Marchetti
Mika Matsuzake
Tima Mizumoto
Cuberos Neto
Carlos Costa
Lineu Dias
Hiroshi Banno
Oswaldo Barreto
Mauro David Bonde

Sinopse/Análise:

1908. O Japão, comandado por Meiji, passa por grandes reformas internas o que gera dificuldades econômicas e alto índice de desemprego. Neste período, muitos japoneses decidem emigrar para o Brasil em busca de melhores condições de vida. Conforme normas da companhia de emigração, em cada grupo familiar deve haver pelo menos um casal, logo Yamada (Jiro Kawarazaki) vem ao Brasil casado com Titoe (Kyoko Tsukamoto), menina de 16 anos, juntamente com seu irmão Kobayashi (Keniti Kaneko) e um primo.
O Brasil, em 1908, baseava sua economia na agricultura, mais precisamente no café. Sua extração dependia da mão-de-obra escrava dos negros, porém como a abolição da escravatura havia sido feita em 1988, os senhores das fazendas de café tiveram que buscar alternativas tentando suprir essa escassez na mão de obra européia.
A história se passa em São Paulo, na fazenda Santa Rosa.
Inicialmente as maiores dificuldades enfrentadas pelos japoneses era a comunicação, já que não sabiam falar português. Conforme retrata o filme, os japoneses enfrentavam grandes dificuldades financeiras. Já chegavam ao Brasil com uma divida bem maior que o salário que ganhavam; referente aos gastos da viagem. Além disso, os alimentos que eram consumidos pelos trabalhadores eram comercializados a altos preços em vendas pertencentes aos próprios donos das fazendas, o que fazia com que o valor pago a eles voltasse para a fazenda de outra forma. São maltratados pelo capataz da fazenda, porém ganham o respeito e carinho de outros colonos e do contador da fazenda Tonho (Antônio Fagundes).
O filme retrata com bastante detalhamento a exaustão e inconformidade dos japoneses. Sentiam-se enganados, inconformados e impotentes devido a suas condições financeiras que os impossibilitavam de voltar para casa.
Gaijin nos permite ampla discussão dos valores culturais (entre os brasileiros, japoneses e italianos), políticos, a organização do trabalho no campo, e o anarquismo trazido pelos imigrantes italianos.
O diretor de fotografia Edgar Moura também trabalhou com Tizuka Yamazaki no filme Parayba Mulher Macho, Patriamada, Lua de Cristal, entre outros.
O filme também conta com um talentoso elenco, o que com certeza contribuiu para o sucesso do filme.


Premiações:

Festival de Cannes 1980 (França)
• Recebeu o Prêmio FISPRECI - Menção Especial.

Festival de Gramado 1980 (Brasil)
• Venceu nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (José Dumont), Melhor Trilha Sonora, Melhor Roteiro e Melhor Desenho de Produção.

Festival de Havana 1980 (Cuba)
• Venceu na categoria de Melhor Filme.

Festival de Nova Delhi
• Venceu na categoria de Melhor Filme.

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil 1980 (Brasil)
• Recebeu o Troféu Margarida de Prata.

Festival de Honolulu
• Recebeu uma Menção Especial.

Homenagem no 5 º Festival de Belém do Cinema Brasileiro


Curiosidades

- Estréia de Tizuka Yamasaki como diretora e roteirista.
- Seguido por Gaijin - Ama-me Como Sou (2005).

http://www.youtube.com/watch?v=tzSrIdprlrA&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=MADDjr1npQM&feature=related

American Graffiti - George Lucas



Fícha técnica:
lançamento: 1973 (EUA)
direção: George Lucas
atores: Richard Dreyfuss , Ron Howard , Paul Le Mat , Charles Martin Smith , Cindy Williams
gênero:Drama
estúdio:Universal Pictures / Lucasfilm Ltd. / The Coppola Company
distribuidora:Universal Pictures
direção: George Lucas
roteiro:George Lucas, Gloria Katz e Willard Huyck
produção:Francis Ford Coppola
fotografia:Jan D'Alquen e Ron Eveslage
direção de arte:Dennis Clark
figurino:Aggie Guerard Rodgers
edição:Verna Fields e Marcia Lucas

Prêmios:
Oscar: Indicação como Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Montagem, Melhor Atriz Coadjuvante (Candy Clark) e Melhor Roteiro Adaptado
Globo de Ouro: Vencedor de Melhor Filme Musical/Comédia e Melhor Ator Revelação (Paul Le Mat) - indicado como Melhor Diretor e Melhor Ator Musical/Comédia (Richard Dreyfuss)
Festival de Locano (1973): Leopardo de Ouro de Melhor Filme
Associação dos Críticos de Nova York (1973): Vencedor de Melhor Roteiro


Em 1962, na pequena cidade de Modesto, os jovens Curt (Richard Dreyfuss) e Steve (Ron Howard) passam sua última noite de verão antes de irem para a universidade, no leste. Nesta noite agitada vários acontecimentos ocorrem ao mesmo tempo. Laurie (Cindy Williams), irmã de Curt e namorada de Steve, briga com ele e acaba saindo de carro com o forasteiro Bob Falfa (Harrison Ford), que depois disputa um racha. O desajeitado Teddy (Charles Martin Smith) pega emprestado o carro de Steve e consegue conquistar a destrambelhada Debbie (Candy Clark), enquanto Curt se junta à gangue dos Faraós e pratica pequenos crimes.

Embora seje um filme que retrate uma " noitada" dos jovens da época, hoje essa categoria de filmes já não interessam tanto, devido a enorme quantidade de filmes da mesma categoria, porém na época foi um filme polêmico e muito visto, ele retatava a juventude que ainda não havia seido mostrada nos filmes e usou músicas da época com um enorve valor para a geração retratada, as situações do cotidiano da juventude, seus problemas, dúvidas, emoções e os grupos de amigos, tudo isso caracterizado no filme da maneira mas simples e ao mesmo tempo grandiosa para a época.

Uma curiosidade sobre o filme é que o número da placa do carro do personagem "John Milner" é THX-138; trata-se de uma referência a THX 1138, o filme de estréia de George Lucas como diretor e que teve Robert Duvall como astro e devido ao sucesso o filme teve uma sequência ,"More American Graffiti", realizado em 1979.
Título Original: The Cameraman
Gênero: Comédia
Origem/Ano: EUA/1928
Duração: 67 min
Direção: Edward Sedgwick / Buster Keaton
Elenco:
Buster Keaton...Marceline Day...Harold Goodwin...Sidney Bracey...Harry Gribbon...Ray Cooke...
Luke ShannonSally RichardsHarold StaggEdward J. Blake Hennessey
the copOffice worker

Sinopse: É um dos últimos filmes do período clássico do ator, antes do surgimento do cinema falado. É a história de Luke Shannon (Buster Keaton) que trabalha como retratista de "tintypes" e que se apaixona por Sally (Marceline Day), secretária de um cinejornal da MGM. Mas seu maior rival é um cÂmera que já trabalha na empresa.
Luke, na tentativa de se aproximar de Sally, resolve sair pela cidade de Nova Iorque filmando eventos interessantes para vendê-los à MGM. Suas tentativas são uma sucessão de erros e sua intenção de impressionar a moça se transforma, muitas vezes, em uma constrangedora, mas emocionante aventura.
A composição humanista que Keaton impõe ao seu personagem é o que faz deste um dos mais fantásticos e importantes filmes de sua carreira e um dos maiores momentos do cinema mudo americano.
O bom também, e que é comum nos filmes de Buster é a semelhança com o mundo atual. Como por exemplo nesse filme, os esforços que os cameras tinham para conseguir imagens de artistas. Nesse por exemplo, ele teve a ajuda até de um macaco de acrobacias.



Link para acesso no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=ksRb2nZJdpI

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Hector Babenco - Pixote - A Lei do Mais Fraco

O drama conta a história de Pixote que foi abandonado por seus pais e vive nas ruas,roubando para viver.Ele foi internado em reformatórios e conviveu com todo o tipo de criminoso e jovens delinquentes que seguem o mesmo caminho.Ele sobrevive se tornando um pequeno traficante de drogas,cafetão e assassino,mesmo tendo apenas 11 anos.
Neste filme o ator Fernando Ramos da Silva da um show de interpretação,mostra a realidade em que vivemos,é uma tragédia dos nossos dias,retrata nossos tempos através de cenas fortes,de crueldade e de raiva.
Filme comovente que mostra um fim triste para o menino Pixote que não conseguiu fugir da marginalidade presente em sua vida.
Roteiro sensível e duro ao mesmo tempo,onde mostra a dura realidade do nosso país,com grandes interpretações,destaca um grande problema do nosso país, a sociedade marginalizada e sem futuro.

Atores: Fernando Ramos da Silva , Jorge Julião , Marília Pêra , Gilberto Moura , Edílson Lino
direção: Hector Babenco
roteiro:Hector Babenco e Jorge Durán, baseado em livro de José Louzeiro
produção:Paulo Francini e José Pinto
música:John Neschling
fotografia:Rodolfo Sanchezdesenho de produção: -->
direção de arte:Clóvis Bueno
figurino:Carminha Guarana
edição:Luiz Elias
efeitos especiais

EDUARDO COUTINHO - EDIFÍCIO MASTER


Título original: Edifício Master
Gênero: Documentário
Duração: 110 min.
Lançamento (Brasil): 2002
Estúdio: Videofilmes
Distribuição: Riofilme
Direção: Eduardo Coutinho
Produção: Maurício Andrade Ramos e João Moreira Salles
Fotografia: Jacques Cheuiche
Desenho de produção: Beth Formagini
Edição: Jordana Berg
Elenco: Moradores do Edifício Master
Premiações: Melhor Documentário, no Festival de Gramado.

Durante sete dias, uma equipe de cinema filmou o cotidiano dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana, a um quarteirão da praia. O prédio tem 12 andares e 23apartamentos por andar. Ao todo são 276 apartamentos conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Eduardo Coutinho e sua equipe entrevistaram 37 moradores e conseguiram extrair histórias íntimas e reveladoras de suas vidas.

No decorrer do filme Coutinho se mostra um entrevistador sensível, faz perguntas de maneira suave, sem pressa, deixa as pessoas a vontade, quase não interfe em suas falas.Dentre as histórias contadas, diversos problemas sociais são apontados como o desemprego, à gravidez na adolescência, a prostituição, a violência, o aborto, o suicido, os conflitos no casamento, e os recursos utilizados para fugir da solidão, como a música, os namoros e a escrita.
Os corredores vazios e opacos são complementados pelos sofrimentos e obstáculos vivenciados por cada morador. As janelas são lembranças de alguns atos cometidos, outros não realizados devido a opção pela vida, sejam para pagar as contas ou ter a esperança de uma vida melhor.

O depoimento da moradora Daniela foi pra mim o mais tocante. Uma professora de inglês com fobia social, que mora com três gatinhas de estimação. É impressionante ver a sinceridade da sua fala, que traduz a sua angústia mas ao mesmo tempo é firme e segura. É um filme com poucos movimentos de câmera, e quase nenhuma trilha sonora, mas que prende e faz refletir sobre o que acontece ao nosso redor.

Depoimento da Daniela

http://www.youtube.com/watch?v=ZiliEczisXk&feature=related

Alejandro Almenabar - Mar a Dentro


No filme, Ramon San Pedro, é um tetraplegico, que passa muitos anos na cama e tende querer a morte para acabar com seu sofrimento. Sua briga contra o estado, faz com que ele contrate Júlia, uma ótima advogada que descobre uma doença terminal, por tal doença ele a contrata pelo motivo de Júlia ver o quanto ele está sofrendo. Durante todo o filme eles vão se descobrindo até um se apaixonar pelo outro, mas, sua doença faz com que eles se afastam. No final do filme, após ter perdido mais uma audiencia, Ramon junto aos seus amigos, gravam um vídeo, falando de sua vida e se matando com um remedio, causando polemica sobre o que se discute no mundo a respeito da Eutanasia.

Quentin Tarantino - Bastardos Inglórios

Elenco: Brad Pitt, Eli Roth, BJ Novak, Mike Myers, Michael Fassbender, Diane Kruger, Til Schweiger, Julie Dreyfus.
Direção: Quentin Tarantino
Gênero: Guerra
Duração: 162 min.
Distribuidora: Paramount Pictures
Estreiou: 09 de Outubro de 2009



O filme relata a história da ocupação da França na alemanha, do auge do nazismo, de Hitler, de judeus e fugitivos. Como todos os filmes de Tarantino, este não poderia deixar de ter diversas histórias acontecendo simultaneamente, se entrelaçando no final. Neste caso, são histórias relacionadas ao nazismo, à Hitler e ao cinema da època.
Em uma história uma moça, judia fugitiva proprietária de um cinema, planejava acabar com todos os líderes judeus de uma só vez levando-os a uma sessão cinematográfica, trancando-os na sala de cinema e queimando todos; a segunda história conta a história de um idealista(vivido por Brad Pit) que "caçava" os nazistas e os fazia sofrer as fúrias feitas por eles contra os judeus. Seus seguidores eram tantos que chegavam a formar uma espécie de exército; eles ficaram conhecidos como "Os Bastardos"; e a terceira história eram os nazistas, que liderados por Hitler, "caçavam" os judeus.
As três historias se entrelaçam num final emocionante(e que só saberá quem assistir).
O que surpreendeu, para mim, é que foi o primeiro filme nazista X judeus que assisti, que Hitler morre no final. (Contei o final..rsrs).
Uma mistura de violência, morte, ódio, amor e traição, bem característica dos filmes de Tarantino.

Sonhos - Akira Kurosawa




Sonhos

ficha técnica:

  • título original:Yume
  • gênero:Drama
  • duração:01 hs 59 min
  • ano de lançamento:1990
  • estúdio:Akira Kurosawa USA
  • distribuidora:Warner Bros.
  • direção: Akira Kurosawa
  • roteiro:Akira Kurosawa
  • produção:Mike Y. Inoue e Hisao Kurosawa
  • música:Shinichirô Ikebe
  • fotografia:Kazutami Hara, Takao Saitô e Masaharu Ueda
  • direção de arte:Yoshirô Muraki e Akira Sakuragi
  • figurino:Emi Wada
  • edição:Tome Minami
  • efeitos especiais:Industrial Light & Magic / Den-Film Special Effects Unit / Ohira Special Effects

O filme é baseado em sonhos verdadeiros que o cineasta Akira Kurosawa teve em momentos diferentes de sua vida, trata em sua maior parte da natureza e sua relação com o egoísmo humano. São oito contos distintos, mas unidos pelo mesmo tema, alguns sobre experiências vividas pelos japoneses após a II Guerra Mundial.

1º Conto- "A Raposa", uma criança é avisada pela mãe que não deveria ir à floresta quando há chuva e sol, pois é a época do acasalamento das raposas, que gostam de serem observadas. Mas ele desobedece os conselhos e observa as raposas, atrás de uma árvore. Ao retornar para casa sua mãe não o deixa entrar e lhe entrega um punhal, dizendo que como ele havia contrariado a raposa ele deveria se matar, mas ela sugere algo que pode remediar a situação.

2º Conto- "O Jardim dos Pessegueiros", o irmão mais novo de uma família, ao servir chá para as irmãs, depara com uma moça que foge. Indo ao seu encontro, nota que ela é uma boneca e depara com os pessegueiros da sua casa totalmente cortados, restando só tocos. Os espíritos dos pessegueiros surgem para ele e, em uma dança melancólica, dizem que as bonecas são colocadas para enfeitar e festejar a florada dos pessegueiros, mas como eles não mais existem naquela casa não fazia sentido a presença das bonecas.

3º Conto- "A Nevasca", o líder de uma expedição, junto com seu grupo, se vê em meio a uma nevasca. Eles sucumbem a nevasca, mas repentinamente surge uma linda mulher que envolve o líder com uma echarpe prata. Ele percebe que ela é a morte, que se transforma em uma horrenda figura, então ele vê que está próximo do acampamento e tenta acordar os companheiros, mas não consegue. Ouve então uma corneta, indicando que o acampamento está mais próximo do que imagina.

4º Conto- "O Túnel", ao entrar em um túnel o capitão de um exército é surpreendido por um cão, que ladra para ele. Atravessa então o túnel em curtos passos. Na saída ouve alguém caminhar e depara com um dos seus soldados morto em combate, que pensa não estar morto.

5º Conto- "Corvos", um jovem pintor, ao observar as pinturas de Van Gogh, entra dentro dos quadros e se encontra com o pintor, que indaga por qual razão ele não está pintando se a paisagem é incrível, pois isto o motiva a pintar de forma frenética.

6º Conto, "Monte Fuji em Vermelho", o Fuji entra em erupção ao mesmo tempo ocorre um incêndio em uma usina nuclear, provocado por falha humana. É desprendida no ar uma nuvem de radiação. Um homem relata ser um dos responsáveis pela tragédia e diz preferir a morte rápida de um afogamento à lenta provocada pela radiação.

7º Conto- "O Demônio Chorão", ao caminhar um viajante encontra um demônio, que lamenta ter sido um homem ganancioso e, como muitos, transformou a terra em um lastimável depósito de resíduos venenosos.

8º Conto- "Povoado dos Moinhos", um viajante chega à um lugarejo conhecido por muitos como Povoado dos Moinhos. Lá não há energia elétrica e tampouco urbanização. Um idoso, ao ser indagado, relata que os inventos tornam as pessoas infelizes e que o importante para se ter uma boa vida é ser puro e ter água limpa.

Observações:

O trauma das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, estão claros nos episódios “O Demônio Chorão” e “ Monte Fuji em Vermelho”.Esse apesar de tratar de assuntos pesado, tem belas imagens formadas pelas nuvens de radioatividade coloridas. O filme é mais em torno de imagens do que diálogos.

Akira era fascinado pelo pintor Vicent Van Gogh e isto estava presente em “Sonhos”, foi retrato no conto “Corvos”, que contava a história de um homem que ao admirar o quadro do artista, foi levado para dentro da obra, recebendo uma lição de pintura do artista.

“Sonhos” traz contos como O Sol em meio à Chuva, A Nevasca e Povoado de Moinhos, o último tem uma mensagem destinada as pessoas capitalistas. Questiona de que adianta a modernidade, trazendo tanto conforto aos seres humanos, se não há mais paz e as pessoas não respeitam mais a natureza.

Akira termina o filme mostrando uma cena do cortejo festivo celebrando a morte de uma senhora de 99 anos, afirmando que o mais justo para se despedir de uma pessoa que viveu todo esse tempo é com dança e música.

Todos os contos apresentam, mesmo com poucos textos, uma fácil assimilação da mensagem que Akira Kurosawa desejou trazer.

Adriana Menezes

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