segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cacá Diegues

Carlos Diegues é um cineasta brasileiro nascido em Maceió AL, considerado o melhor e mais popular cineasta brasileiro, tem a liberdade como uma das características dominantes de seus melhores filmes.
Estudou na Pontifícia Universidade Católica, a PUC do Rio de Janeiro, onde fez o curso de Direito, numa época em que não havia escolas de cinema no Brasil. Na PUC, como presidente do Diretório Estudantil, fundou um cineclube e começou suas atividades de cineasta amador, juntamente com David Neves, Arnaldo Jabor, Paulo Perdigão e outros. Ainda estudante, dirigiu o jornal O Metropolitano, órgão oficial da União Estadual dos Estudantes cariocas, e se juntou ao Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes. Nesse período, em colaboração com David Neves e Affonso Beato, realizou três curtas-metragens, entre os quais Domingo, um dos filmes pioneiros do movimento. Tanto o grupo da PUC, quanto o de O Metropolitano, se tornou um dos núcleos de fundação do Cinema Novo, do qual Cacá Diegues foi um dos líderes, junto com Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo César Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade, entre outros.
No CPC, dirigiu seu primeiro filme profissional, em 35 mm, Escola de Samba Alegria de Viver, episódio do longa-metragem Cinco Vezes Favela (1962), filme composto de outros episódios dirigidos por Andrade, Hirszman, Marcos Farias e Miguel Borges.
Participou da resistência intelectual e política à ditadura militar, e deixou temporariamente o Brasil em 1969, vivendo primeiro na Itália e depois na França, na companhia da cantora Nara Leão, então sua esposa. Ele ainda realizou mais dois filmes, em plena fase negra da ditadura.
Com seus 15 filmes longa, entre eles Ganga Zumba (1964), A grande cidade (1966), Os herdeiros (1970), Quando o carnaval chegar (1972), Joana, a francesa (1973), Xica da Silva (1976), Chuvas de verão (1978), Bye-bye, Brasil (1979), Quilombo (1984) e Dias melhores virão (1990), participou de vários
festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York, Toronto etc., obtendo alguns prêmios importantes, e tendo exibições comerciais na Europa, nos Estados Unidos e em toda a América Latina, tornando-o um dos cineastas brasileiros mais conhecidos em todo o mundo. Seus filmes e sua carreira são citados em todas as enciclopédias de cinema, com destaque particular. Na juventude defendeu a participação do cinema na batalha das idéias, e na maturidade, condenou o chamado patrulhamento ideológico na criação da obra de arte. Sua obra tem sido objeto de estudos e teses publicados no Brasil e em outros países. Na França recebeu o título da Ordre des Arts et des Lettres, da qual depois tornou-se Officier. Também se tornou membro da Cinemateca Francesa. Carlos Diegues é ganhador da Medalha Pedro Ernesto da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, e também recebeu o título oficial de Comendador da Ordem de Mérito Cultural e a Medalha da Ordem de Rio Branco, a mais alta do país.

Filmografia

2010 - O Grande Circo Místico (pré-produção)
2006 - O maior amor do mundo
2003 - Deus é brasileiro
2000 - Carnaval dos 500 anos (curta-metragem)
1999 - Reveillon 2000 (curta-metragem)
1999 - Orfeu
1997 - For all - o trampolim da vitória (como ator)
1996 - Tieta do agreste
1994 - Veja esta canção
1989 - Dias melhores virão
1987 - Um trem para as estrelas
1986 - Batalha do transporte (curta-metragem)
1985 - Batalha da alimentação (curta-metragem)
1984 - Quilombo
1979 - Bye bye Brasil
1978 - Chuvas de Verão
1976 - Xica da Silva
1975 - Aníbal Machado (curta-metragem)
1974 - Cinema Íris (curta-metragem)
1973 - Joanna francesa
1972 - Quando o carnaval chegar
1971 - Receita de futebol (curta-metragem)
1969 - Os herdeiros
1967 - Oito universitários (curta-metragem)
1966 - A grande cidade
1965 - A oitava Bienal (curta-metragem)
1964 - Ganga Zumba
1962 - Cinco vezes favela (Episódio: Escola de Samba Alegria de Viver)
1961 - Domingo (curta-metragem)
1960 - Brasília (curta-metragem)
1959 - Fuga (curta-metragem)

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