quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Cineasta italiano nascido em Sora, na região italiana do Lácio e próxima de Roma, cuja obra cinematográfica foi caracterizada por um aspecto humanista e singelo, um dos mais importantes diretores e atores do cinema italiano e considerado o precursor do neo-realismo italiano. Cresceu em meio a uma família de classe média em Nápoles e teve formação educacional média.
Estimulado pelo pai, seguiu a carreira teatral e estreou no cinema em papel menor no filme mudo Il Processo Clémenceau (1917). Após sentar praça em um regimento de granadeiros, entrou (1921) para a companhia teatral da bailarina Tatiana Pavlova. Estreou-se como actor de cinema no filme de Mario Camerini, Gli uomini, che mascalzoni! (1932). A popularidade e a fama como galã veio com o lançamento da canção Lodovico numa revista teatral. Na sua carreira como ator (1926-1973) interpretou noventa filmes, e na carreira de director 22 (1940-1974). No início os mais expressivos foram Maddalena zero in condotta (1940) e Un garibaldino al convento (1941). No pós-guerra, em associação com o roteirista Cesare Zavattini, criou obras-primas como Sciuscià (1946), Ladri di biciclette (1948), Miracolo a Milano (1950), Umberto D (1951) e Il tetto (1956). Com uma vitoriosa carreira e repleta de prêmios, em 42 anos de carreira recebeu três prêmios Oscar de melhor filme estrangeiro por Sciuscià (1946), Ladri di biciclette (1948) e l giardino dei Finzi-Contini (1971). Tinha como seus atores preferidos Marcello Mastroianni e Sophia Loren, seus amigos particulares, e os dirigiu em vários filmes. Morreu em Paris, na véspera da estréia do último filme, Il viaggio (1974), com Richard Burton e Sophia Loren.

LADRÕES DE BICICLETAS
Realizado em 1948 por Vittorio De Sica, "Ladri di Biciclette" é um marco cinematográfico, exemplo maior do "neo-realismo" italiano.
Drama italiano realizado em 1948 por Vittorio De Sica e interpretado por Lamberto Maggiorani, Enzo Staiola e Lianella Carell, "Ladrões de Bicicletas" foi escrito por sete argumentistas (entre eles, o próprio realizador) a partir de uma história de Cesare Zavattini que adaptava um romance de Luigi Bartolini. É um verdadeiro clássico, autêntico símbolo da importante corrente cinematográfica que ficou conhecida por "neo-realismo", desenvolvida no período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial.
O filme começa com uma sequência em que uma multidão espera pelos anúncios de emprego em frente a um departamento do governo, espera essa quase sempre infrutífera. Todavia, um desses desempregados, Antonio Ricci ( Lamberto Maggiorani ), é seleccionado para um trabalho que consiste em colocar Posters pela cidade. O grande problema é que o trabalho exige uma bicicleta e ele tinha acabado de vender a sua para conseguir sustentar a família por mais algum tempo. Sem outra hipótese, Antonio e a sua mulher Maria ( Lianella Carell ) regressam à loja de penhores para tentar recuperar a bicicleta, trocando-a por outros bens que ainda tinham. Tragicamente, logo no primeiro dia de trabalho, a bicicleta é roubada. Desesperado, Antonio começa a vasculhar toda a cidade com o seu filho Bruno ( Enzo Staiola ) em busca da preciosa bicicleta. É essa busca através dos mais variados locais que centraliza toda a narrativa do filme.
Com um ponto de partida quase banal, a história transforma-se rapidamente numa tocante viagem à condição humana e às necessidades básicas das pessoas. Filmado em exteriores na Itália do pós-guerra, com actores amadores, o filme baseia-se no suspense sobre o encontro da bicicleta, mas vai muito mais longe, tornando-se um conto sobre o desespero, a esperança, a perda e a redenção, recheado de sequências belíssimas que ficam para a História. Fazendo o retrato da sociedade italiana da época (com a crise económica, o desemprego, a miséria), o filme constitui também um canto ao fortalecimento dos laços entre um pai e um filho.
Estreado em Portugal a 20 de Novembro de 1950, "Ladrões de Bicicletas" obteve diversos prémios. Entre eles, destaca-se o óscar para o Melhor Filme Estrangeiro (tendo sido também nomeado para Melhor Argumento).


MILAGRE EM MILÃO
Fábula clássica de Vittorio De Sica, premiada com a Palma de Ouro de Melhor Filme no Festival de Cinema de Cannes em 1951. Totò (Francesco Golisano) é um órfão que, quando bebê, foi descoberto por Dona Lolotta (Emma Gramatica) em sua horta. A generosa velhinha cria o menino em seu espírito de bondade e pureza de coração. Quando ela morre, Totò passa anos em um orfanato, de onde sai com o ímpeto irresistível de ajudar os miseráveis "sem-teto", que vivem num terreno ocupado na periferia de Milão. Entretanto, após descobrirem petróleo no terreno, a felicidade dos moradores é ameaçada pelo proprietário (o milionário Mobbi), que manda a polícia evacuar o local. Em Miracolo a Milano, o milionário Mobbi (Guglielmo Bernabò) é apresentado como uma entidade totalitária, tecnocrática, anti-humana (ele usa um ''homem-barômetro'' amarrado à fachada de seu palácio. Dois servidores devem soprar suas mãos na noite gelada. E ele comanda pessoalmente as operações de milícia contra os moradores de seus terrenos). Ora, quando tudo parece perdido, Totó recebe um presente dos céus: Lolotta, que se revela uma espécie de anjo-da-guarda do filho adotivo, deixa-lhe uma pomba com poderes milagrosos. "Milagre em Milão" marca o apogeu da parceria entre o roteirista Cesare Zavattini e o cineasta Vittorio De Sica, que juntos fizeram "Ladrões de Bicicleta", "Umberto D", "Vítimas da Tormenta", entre outros filmes memoráveis. Neste filme, De Sica incorpora um caráter fantástico em seu estilo neorealista. A música-tema original, de Alessandro Cicognini, é quase um hino dos "sem-teto", proletários miseráveis, excluidos da riqueza social do mundo burguês. ''É de fato uma fábula'' - escreveu Pierre Leprohon em seu livro "O cinema italiano". ''Mas é uma fábula enraizada na mais autêntica e viva realidade.''
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Faculdade Promove Sete Lagoas
Curso: Comunicação e Marketing
Período: 7º
Disciplina: Cinema
Prof: Júlio Alessi
Aluna: Grasiele Barbosa Dória














Vittorio De Sica

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