terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Humberto Mauro

Humberto mauro foi um dos pioneiros do cinema no Brasil, explorou sempre temas brasileiros, e fez filmes entre 1925 e 1974.

Nasceu na zona da mata mineira, e quando criança mudou-se para Cataguases, desde jovem se dedicou à música tocando violino e bandolim. Chegou a cursar engenharia em Belo Horizonte mas abandonou o curso após um ano. De volta a Cataguases e trabalhou na instalação de energia elétrica nas fazendas.

1916 foi para o Rio de Janeiro para trabalhar como eletricista, retorna em 1920 e se casa com Maria Vilela de Almeida (Dona Bebê), com que permaneceu casado pelo resto da vida.

Em 1923, passou a se interessar por fotografia, adquirindo uma câmara fotográfica de pedro Comello ( pai da atriz Eva Nill, imigrante italiano a quem se conveceu de ser fotógrafo e de quem se tornaria amigo inseparável. Ambos compartilhavam de uma paixão pelo cinema, principalmente pelos filmes americanos de aventura.

Em 1925 Mauro e Compello compraram uma câmara cinematográfica de 9,5 mm, com a qual Mauro fez um curta cômico com 5 minutos. Compraram outra câmara de 35 mm, mas o filme que resolveram fazer ficou inacabado. Ainda em 1925 fundaram em cataguases a Phebo Sul América.

Realizaram em 1926 o filme "Na Primavera da Vida" e em seguida "Thesouro Perdido", um filme nos moldes dos filmes americanos de aventura, sendo premiado como o melhor filme brasileiro de 1927.

Com o sucesso de Thesouro Perdido, Mauto pôde ampliar sua produtora, rebatizada de Phebo Brasil, seu trabalho seguinte é "Brasa Dormida", uma mistura de romance e aventura lancado em 1929 sendo distribuído para todo país.

seu longa metragem seguinte, último para a Phebo, "Sangue mineiro" é considerado sua obra prima em Cataguases, lançado em 1929 foi sucesso de público e crítica.

Com o surgimento da Cinédia, ele vai para o Rio de Janeiro e começa a trabalhar com Adhemar Gonzaga, dirigindo as primeiras produções de estúdio, "Barro Humano e Labios sem beijos", onde mostra domínio na técnica do cinema falado.

O sucesso destes filmes tornou o Cinédia o estúdio mais importante da época. Mauro atuou também como câmera em "Mulher" que contou com a direção de Octávio Gabus Mendes.

" Ganga Bruta" seu filme seguinte teve dificuldades na realização que se prolongou de 1931a 1933, sendo um filme de estrutura narrativa revolucionária para época, com flashbacks e cortes rápidos.

Digije o seu primeiro musical em 1933 intitulado de "A voz do Carnaval", e em seguida em 1934 troca a Cinédia pela Brasil Vita Filmes, um estúdio fundado pela atriz Carmem dos Santos, estrela de vários filmes de Mauro. Nesse novo estúdio, fez favela dos meu amores (1935) e Cidade Mulher (1936).

A convite de Roquete Pinto, Mauro se junta ao Instituto Nacional do Cinema Educativo, onde realizou vários documentários.

Enquanto trabalhou no INCE, Mauro dirigiu apenas três longas metragens: Descobrimento do Brasil (1937), "Argila" (1940) e "Canto da Saudade (1952), onde também trabalha como ator, num papel secundário.

Se afastou do cinema em 1974, quando fez o curta-metragem "Carro de Bois", e passou a viver em seu síto Rancho Alegre, em volta Redonda, onde morreu aos 86 anos.

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