» Direção:François Truffaut
» Roteiro: François Truffaut, Suzzane Schiffman, Michel Fermaud
» Gênero: Comédia/Drama
» Origem: França
» Duração: 120 minutos
» Tipo: Longa-metragem
A narrativa gira em torno de Bertrand Morane e suas conquistas amorosas, sempre atraído por belas pernas de mulheres. Antes de morrer, Bertrand Morane escreve uma biografia que relata a sua mais profunda paixão/ adoração / obsseção pelas mulheres. Por todas as mulheres e não apenas uma, Bertrand por toda a sua vida foi um incontestável amante de todas as mulheres pois ele não conseguia se envolver apenas com uma, a sua maior frustração era não saber amar verdadeiramente a uma mulher. Desde suas frustrações de infância causadas pela ausência da mãe até suas inúmeras e incontáveis conquistas femininas, o enredo da história é permeado de uma idolatria à mulher. A construção dessa biografia é demonstrada no decorrer do filme até que ao perseguir as pernas de uma mulher que ele avistou na rua ele é atropelado, em seguida no hospital ele cai da cama ao tentar alcançar as belas pernas da enfermeira e morre. Em seu enterro não havia homens, somente inúmeras mulheres presentes.
Na primeira cena do filme que trata de seu enterro a impressão que se tem é que o filme foi gravado de manhã ou no fim da tarde pois a luz é mais amena. As sombras dos personagens parece distorcidas, ou melhor indefinidas, sem foco. Essa escolha de Truffaut o diferencia da escolha para "Os Incompreendidos" que demonstrava profundidade em todas as cenas, ou melhor na maioria delas. Já em "o Homem que amava as mulheres" o que se percebe é a falta de profundidade nas cenas ( já que essa é uma característica marcante de Truffaut). Outro aspecto que é importante ressaltar é o trabalho com closes, ou melhor com zoom durante todo o decorrer do filme. O zoom nas pernas das mulheres foi uma técnica recorrente em todo o filme, aproximando a imagem, focando, destacando e divergindo das habituais técnicas de Truffaut com sua busca pela aproximação da realidade esse olhar "aproximado" é diferente da realidade sob o ângulo da aproximação. É nesse ponto que destaco a falta de profundidade nas cenas já que a técnica de filmagem foi diferente, pois não filma o todo e sim uma parte bem definida da cena (no caso as pernas).
As lâmpadas do teto e dos abajures aparecem nas cenas e aparentam realmente serem as únicas fontes de luz utilizadas nas gravações do filme, parece que a intenção dessas aparições era justificar a iluminação utilizada nestes quadros.
Outro aspecto que se destaca são as cores pálidas, opacas que foram utilizadas no filme.
Percebe-se também que François optou por utilizar as filmagens em primeiro plano (o que faz retomar a análise de pouca profundidade).
Em todas as sequências a câmera segue as ações do personagem principal, recorrendo a vários movimentos de câmera, dando ritmo ao filme.
Em algumas (poucas) cenas é possível notar várias ações ocorrendo em um mesmo quadro, como por exemplo a cena em que Bertrand está em primeiro plano e ao fundo uma de suas amantes se vetindo.
A fixação, que a propósito foi o motivo da morte do personagem, foi demonstrado inúmeras vezes durante o filme já que eram uma das motivações do personagem obssecado por lingerie cinta-liga e pernas de mulheres. Bertrand dependia das mulheres mas não se comprometia com elas. Truffaut procurou explicar filosoficamente a natureza do homem, portanto quanto a sua linguagem esse filme pode ser considerado por um lado "machista" ao tentar justificar essa natureza desprendida do homem. Porém por outro ângulo há toda uma filosofia sobre a mulher e sobre essa busca incessante do amor. Bertrand dedicou sua existência ao sexo feminino., exercia um verdadeiro sacerdócio, onde seu universo de adoração era composto por diversas deusas, portanto ele era um politeísta, mas não um conquistador barato,já que ele os detestava. Segundo ele, as pernas femininas eram "compassos que mantém o equlíbrio do planeta". Vale a pena assistir.
As lâmpadas do teto e dos abajures aparecem nas cenas e aparentam realmente serem as únicas fontes de luz utilizadas nas gravações do filme, parece que a intenção dessas aparições era justificar a iluminação utilizada nestes quadros.
Outro aspecto que se destaca são as cores pálidas, opacas que foram utilizadas no filme.
Percebe-se também que François optou por utilizar as filmagens em primeiro plano (o que faz retomar a análise de pouca profundidade).
Em todas as sequências a câmera segue as ações do personagem principal, recorrendo a vários movimentos de câmera, dando ritmo ao filme.
Em algumas (poucas) cenas é possível notar várias ações ocorrendo em um mesmo quadro, como por exemplo a cena em que Bertrand está em primeiro plano e ao fundo uma de suas amantes se vetindo.
A fixação, que a propósito foi o motivo da morte do personagem, foi demonstrado inúmeras vezes durante o filme já que eram uma das motivações do personagem obssecado por lingerie cinta-liga e pernas de mulheres. Bertrand dependia das mulheres mas não se comprometia com elas. Truffaut procurou explicar filosoficamente a natureza do homem, portanto quanto a sua linguagem esse filme pode ser considerado por um lado "machista" ao tentar justificar essa natureza desprendida do homem. Porém por outro ângulo há toda uma filosofia sobre a mulher e sobre essa busca incessante do amor. Bertrand dedicou sua existência ao sexo feminino., exercia um verdadeiro sacerdócio, onde seu universo de adoração era composto por diversas deusas, portanto ele era um politeísta, mas não um conquistador barato,já que ele os detestava. Segundo ele, as pernas femininas eram "compassos que mantém o equlíbrio do planeta". Vale a pena assistir.
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