domingo, 4 de abril de 2010

2º Filme - Laranja Mecânica - Stanley Kubrick









Título original: A Clockwork Orange

Gênero: Ficção Científica

Duração: 02 h 18

Ano de lançamento: 1971

Estúdio: Warner Bros. / Hawk Films Ltda . / Polaris Production

Distribuidora: Warner Bros.

Direção: Stanley Kubrick

Música: Wendy Carlos

Fotografia: John Alcott

Direção de arte: Russel Hagg e Peter Shields

Figurino: Milena Canonero

Edição: Bill Butler



No filme Laranja Mecânica, de 1971, o diretor Stanley Kubrick retrata de forma magistral a manipulação do individuo pela sociedade através da violência física e psicológica. O longa inspirado no maravilhoso best-seller de Anthony Burgess, só foi liberado no Brasil em 1978 devido a censura da época.
Na trama, o protagonista e anti-herói Alex DeLarge (Malcolm McDowell) é o líder de um grupo de delinquentes, amante da música clássica e do "leite drogado" que aguça os seus sentidos para a prática da "boa e velha ultra violência".Alex e seus "drugues",o bando, cometem diversas atrocidades por pura diversão. Espancam um velho mendigo, provocam acidentes na estrada , invadem lares, estupram uma mulher diante de seu marido espancado entre outras perversidades. Alex é preso e condenado. "A bondade é uma escolha, se o homem não pode escolher deixa de ser um homem". Diz um padre a Alex . Neste momento, percebe-se o mecanismo de manipulação. Na prisão, aceita ser cobaia de um projeto experimental que pretende curar criminosos e devolvê-los saudáveis à sociedade, ou seja, a solução para a criminalidade humana. O método "Ludovico" de cura consiste em condicionar o indivíduo a rejeitar qualquer comportamento violento e anormal. Alex recebe drogas que provocam náuseas . Atado a uma camisa de forças e com suas pálpebras presas por grampos que impedem que seus olhos se fechem,é obrigado a assistir filmes com cenas de violência semelhante a que praticava. as sessões são acompanhadas pela Nona Sinfonia de Beethoven em que associa as terriveis imagens e a música admirada ao seu mal estar físico e inconscientemente neutraliza sua agressividade transformando em um cidadão modelo e a não contestar uma ordem pre-estabelecida pelo estado. Kubrick compara os atos de Alex com os da sociedade. Sem conseguir se defender em liberdade, passa a ser vitima de suas vitimas passadas que o espancam pedindo abrigo ao escritor (marido da mulher que havia estuprado) e este faz com que Alex tente suicidar ouvindo a música, mas não morre e fica a mercê de políticos se recuperando tendo de apoiar o partido que inventou o tratamento com toda a hipocrisia possível.
Conclusão
Um filme de indignar com a capacidade do homem transformado pelo mundo em um ser abominável. Kubrick é preciso e incrivelmente metódico em sua direção cinematográfica que o levou a concorrer o Oscar. Cenas de focos de luzes que estouram entre paredes e figuras geométricas decorativas um tanto coloridas possibilitam fotografias marcantes pelo contraste intenso. O branco se destaca como faróis. As músicas clássicas e as gírias circulam entre o enredo. Como diz os de hoje: Um filme muito louco, cara!












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