O filme é a reprodução do livro de Graciliano Ramos- Vidas Secas. Produzido de forma simples, sem uso de efeitos especiais, mas que reproduziu a mais pura realidade de uma família brasileira sem acesso aos requisitos básicos para a sobrevivência humana.
A história começa com uma família de 4 pessoas, sendo pais e 2 filhos ainda bem pequenos um cachorro e um papagaio. Andando em estradas poeirentas, que mais lembravam caminhos da roça. O sol era escaldante e a fome tão cruel que levou a família a comer seu bichinho de estimação (o papagaio) para tentar aliviar aquilo que lhes estava castigando. Após horas andando, uma das crianças, a maior com cerca de 4 ou 5 anos, entregou os pontos e desistiu da viagem. Precisou ser carregada pelo pai, enquanto a mãe já carregava outro filho menor. No desenrolar da história percebemos a fidelidade do autor em mostrar a realidade, sertão, pouco pasto, animais magrelos, casas humildes, pessoas sem cultura, sem emprego, sem profissão. Vivendo num mundinho sem nada. Com sonhos “luxuosos” de se ter uma cama feita com couro de carneiro.
O filme é fiel a história do livro. O roteiro é claro. Mesmo as cenas com poucas ou quase nenhuma fala conseguimos entender o contexto em que se passa a história e entender a cena proposta pelo diretor. O som usado também foi bem colocado, pois reproduzia os sons naturais, de animais, de chuva, de natureza.
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