O filme trata da temática da guerra, mais especificamente da Segunda Guerra Mundial. Mostra o massacre dos judeus e poloneses feito pelos alemães e, posteriormente dos alemães pelos russos.
A sensação que se tem ao assistir o filme é uma profunda revolta, uma decepção com a humanidade.
Quando as frentes russas chegam a Varsóvia, local onde se passa o filme, vingam-se dos alemães com a mesma moeda, este fato pode ser analisado de duas formas; primeiro que um crime não compensa outro, os russos foram tão assassinos quanto os alemães; depois que a destruição foi tanta que perdem os conceitos de civilização, de respeito e de dignidade.
O personagem principal procura somente sua sobrevivência, ajuda a organização de uma revolta, mas consegue fugir antes que ela aconteça. Também esta fuga aumenta o sentimento de inutilidade, de impossibilidade de defesa. Entretanto a arte o salva, depois de perder tudo, sua família, seus bens, sua dignidade fica ainda e somente a sua arte e é ela que lhe dá forças para continuar em meio a tanta adversidade. A arte eleva o seu pensamento, o leva para fora daquele lugar, lhe dá esperança e comove o seu inimigo.
Sobre as ações dos alemães pode-se analisar também de distintas formas, haviam os que concordavam e apoiavam as ações dos nazistas e os que não apoiavam de todo aquelas medidas. O homem que salva o pianista demonstrava certa insatisfação com aquela guerra, entretanto é visto autorizando medidas quaisquer que a organizavam. Este homem acaba morrendo num campo russo vítima de suas próprias atitudes.
O filme mexe com o lado mais cruel do ser humano, o preconceito, a auto-suficiência, o egoísmo. Na busca da raça pura os alemães massacram seus amigos, seus vizinhos, seus conhecidos, seus amores, seus parentes inclusive pois haviam relacionamentos afetivos entre alemães e judeus. Ao pensarmos em quantas vidas e famílias foram destruídas além daquela do pianista ficamos perplexos e decepcionados com as atitudes que o ser humano é capaz de tomar.
O Pianista é composto por imagens escuras que remetem à tristeza, à sujeira, ao úmido e à destruição. Estas imagens nos inquietam,nos paralisam diante de tanta dor e abuso.
domingo, 14 de março de 2010
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